ROTINA DO CASAL E NASCIMENTO DOS FILHOS

Os meses passaram sem grandes surpresas, quando, no ano seguinte, a alegria invadiu o coração de todos, com o nascimento do primogênito do casal, em 11/03/1889. O menino recebeu o nome de Antonio, em homenagem ao avô materno. Seus padrinhos foram o fazendeiro e sua senhora.
Em 27/02/1890 nasceu o segundo filho, que recebeu o nome de Polycarpo, em homenagem ao tio materno. Foram seus padrinhos a filha e o genro do fazendeiro. Uma curiosidade da época é que os enxovais utilizados pelas crianças no batizado eram apenas emprestados, já que deveriam ser utilizados em muitas outras cerimônias. Mas, em compensação, as madrinhas presenteavam cada afilhado com uma peça de fazenda.
Em 27/02/1890 nasceu o segundo filho, que recebeu o nome de Polycarpo, em homenagem ao tio materno. Foram seus padrinhos a filha e o genro do fazendeiro. Uma curiosidade da época é que os enxovais utilizados pelas crianças no batizado eram apenas emprestados, já que deveriam ser utilizados em muitas outras cerimônias. Mas, em compensação, as madrinhas presenteavam cada afilhado com uma peça de fazenda.
Algum tempo passou e o casal resolveu sair da fazenda para ir morar na cidade. Foram para a Rua Marechal Deodoro, esquina com Rua José Bonifácio. Os pais de Elvira também mudaram-se para uma casa vizinha a dela.
Em 21/02/1892 o casal teve seu terceiro filho, Domingos, que recebeu esse nome em homenagem a seu tio paterno. Seus padrinhos foram o tio Polycarpo e Maria, uma jovem amiga de sua mãe.
Em 21/02/1892 o casal teve seu terceiro filho, Domingos, que recebeu esse nome em homenagem a seu tio paterno. Seus padrinhos foram o tio Polycarpo e Maria, uma jovem amiga de sua mãe.
Algum tempo passou e Emanuel resolveu abrir um armazém na Rua General Osório e para lá se mudaram. Em 28/05/1893 nasceu o quarto filho, chamado José, também em homenagem a um dos tios paternos. Seus padrinhos foram Antonio e Antonina, pais de Elvira.
O pequeno Domingos permanecia na casa dos avós. Numa manhã, bem cedo, Antonina chegou à casa de Elvira com o netinho no colo e chorando copiosamente. Contou que tarde da noite, suas vizinhas (mãe e filha), começaram a gritar e pedir socorro, pois dois ladrões estavam invadindo sua casa. Seu esposo Antonio e o filho Hermenegildo correram para ajudá-las. Nesse instante a polícia chegou e, sem que percebessem, os ladrões fugiram, enquanto as mulheres permaneciam trancadas na casa. Os policiais, julgando que eles fossem os assaltantes, os levaram para a cadeia, onde foram maltratados, espancados e permaneceram presos.
Emanuel e seu cunhado Polycarpo, que nessa época já estava casado, dirigiram-se à casa do representante do consulado italiano, que prontamente os acompanhou à delegacia. Lá chegando, não conseguiram convencer o delegado do equívoco e, assim, Antonio e Hermenegildo continuaram presos. Posteriormente, o delegado resolveu ouvi-los com mais atenção e os liberou, aconselhando-os a nunca mais saírem de casa para defender ninguém, pois essa era tarefa da polícia.
Passado algum tempo, Emanuel comprou um sítio no Can-Can, em Água Vermelha, para onde mudou-se com a esposa e filhos. Lá abriu um novo armazém. Nessa época, em 23/10/1894 nasceu o quinto filho do casal, Francisco, que recebeu esse nome em homenagem ao tio paterno. Os padrinhos foram um casal de amigos da família. Infelizmente o menino faleceu antes de completar dois anos de idade.
No sítio, Emanuel possuía uma mula adestrada. Quando era necessário mandar um recado para os sogros, Emanuel escrevia um bilhete e o colocava entre os arreios do animal, que se dirigia para a casa na cidade. Lá providenciava-se o que era necessário e colocava-se novamente na mula, que regressava diretamente para o sítio, com a missão cumprida.
MILAGRE DE SÃO JOSÉ
Numa determinada manhã, José, o quarto filho de Elvira e Emanuel, levantou-se da cama com os olhos fechados e, por mais que os pais tentassem ajudá-lo, não conseguiam abri-los. Levaram, então, o menino ao médico da clínica geral, Dr. Serafim V. Almeida, muito conceituado na cidade, que propôs um tratamento diário. Antonina, a avó do menino, incumbiu-se de levá-lo diariamente à clínica. Com isso, Dominguinhos, que ficava com os avós, voltou para o sítio.
Era mês de outubro e todas as manhãs, antes de ir ao médico com o neto, Antonina dirigia-se à igreja e ajoelhada aos pés de São José pedia para que seu netinho recuperasse a visão. Durante seis meses consecutivos ela perseverou no tratamento e na oração. Como por um milagre, exatamente em 19 de março, dia dedicado a São José, o pequenino José abriu os olhos e pôde novamente contemplar a luz do dia. Antonina, ajoelhada aos pés de São José, derramava lágrimas de alegria e reconhecimento. O médico, então, declarou sua cura completa.
Entusiasmada, Antonina queria imediatamente contar a novidade aos pais do menino. Como todos estavam trabalhando e não poderiam acompanhá-la, Antonina aventurou-se a viajar sozinha pela primeira vez. Porém, chegando a Monjolinho, o trem parou para abastecer-se de água. Antonina, julgando ter chegado ao seu destino, saltou do trem carregando o menino. Logo, porém, notou que se enganara.
Aflita, angustiada e perdida num lugar estranho, novamente passou a pedir auxílio aos céus. A resposta não tardou a chegar e, de repente, surgiu um amigo da família, Sr. Antonio Tonissi, que ao vê-la, apressou-se a perguntar o que houvera. Logo tratou de tranquilizá-la, carregando o menino nos braços para acompanhá-los até a casa da filha.
Percorreram um longa distância e, finalmente, toda a angústia de Antonina desapareceu ao ver a imensa alegria dos pais e irmãos de José por sua recuperação.